INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
Este método inovador de separar o lixo é mais eficiente que as 4 lixeiras coloridas
Apostando na simplificação do descarte, na parceria com cooperativas de reciclagem e na experiência do usuário, startup alcança taxas altas de aproveitamento de resíduos dos seus clientes.
Você está com uma embalagem Tetra Pak na mão, um resíduo composto por 75% de papel, 20% de plástico e 5% de alumínio. Em qual das 4 lixeiras coloridas você descarta esse material? E aquela embalagem de isopor, você descarta no papel ou no plástico?
Seguir o método de separação das 4 lixeiras coloridas (papel, plástico, metal e vidro) significa transferir a responsabilidade da triagem ao usuário comum, que não possui o conhecimento técnico sobre a composição e destinação dos resíduos. Essas dúvidas tão comuns induzem as pessoas ao descarte incorreto, e por consequência, geram desperdício e impactos ambientais negativos.
Segundo Sérgio Finger, CEO da Trashin – cleantech especializada em gestão de resíduos para empresas e eventos há mais de 5 anos – todos os envolvidos na economia circular são prejudicados quando transferimos a responsabilidade da triagem ao usuário comum.
Deixando a separação de recicláveis a cargo das cooperativas de reciclagem, os profissionais destas associações recebem um volume maior de material e em melhores condições, o que significa uma renda maior na venda dos resíduos. Quem descarta, por sua vez, tem mais facilidade e agilidade no processo. Isso resulta em um benefício ambiental para a sociedade como um todo, que aproveita melhor os seus resíduos e evita a destinação para aterros sanitários.
Mas então, como fazer a separação do lixo?
Durante os 5 anos de atuação da Trashin, a empresa alcançou resultados significativos por meio da parceria com cooperativas de reciclagem e um método baseado em 2 pilares: a simplificação do descarte, separando os resíduos apenas em recicláveis e rejeito, e o foco na experiência do usuário.
Segundo Sérgio Finger, com apenas dois tipos de lixeiras representando grupos mais abrangentes de resíduos, o descarte correto depende menos do conhecimento técnico das pessoas e a chance de erro é menor.
Após o descarte, os materiais são coletados nas sedes dos clientes e são doados às cooperativas e associações de recicladores. São esses profissionais que sabem exatamente o que fazer com cada tipo de resíduo e como aproveitá-los da melhor maneira. Por isso, a taxa de aproveitamento dos recicláveis cresce muito quando a responsabilidade pela triagem é dos recicladores e não do usuário comum.
Além dessa simplificação, o método Trashin aposta na experiência do usuário, um termo que as pessoas não estão acostumadas a relacionar com o descarte de resíduos, mas que é peça-chave nos resultados do processo da economia circular. A Trashin sinaliza as lixeiras dos seus clientes com iconografia e texto instrutivo, com objetivo de sanar as dúvidas mais comuns dos usuários na hora do descarte.
A sinalização para rejeitos, por exemplo, pode ser personalizada para o cliente, instruindo sobre as principais dúvidas que podem surgir naquele local específico. Alguns resíduos que são rejeitos e normalmente causam dúvidas são adesivos, guardanapos usados, embalagens engorduradas e saquinhos de chá, que são representados na sinalização por meio de ícones e texto.
Os adesivos e tampas de sinalização da Trashin também possuem um QR Code que leva para uma página de descarte correto, onde existem instruções para descarte de todos os tipos de resíduos, incluindo eletrônicos, perigosos, de construção civil e hospitalares. A página pode ser acessada clicando aqui.
Resultados significativos
Os resultados dos clientes da Trashin seguindo esse método têm sido significativos. Somando todas as mais de 27.000 coletas realizadas pela empresa, a média de aproveitamento de resíduos recicláveis é maior que 82%, e em diversos casos chega muito próximo a 100%, como no exemplo abaixo, gerando ainda mais renda para os recicladores e suas famílias.
Outro ponto positivo do Método Trashin é a sua replicabilidade, graças às parcerias com cooperativas de reciclagem espalhadas por todos os estados do Brasil. Isso permite atender todas as unidades de grandes empresas de forma padronizada e com apenas um fornecedor, o que facilita também a gestão de contratos, homologação de parceiros e documentação ambiental.
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