Sim! Alguns tipos de RCD são recicláveis. Mas mesmo aqueles não recicláveis têm uma destinação adequada. Abaixo, veremos os tipos mais comuns de RCD, destacando as principais soluções para cada um deles.
O concreto pode ser reciclado nas Usinas de Reciclagem de RCD, onde é transformado em matéria-prima secundária, como areia e brita, por exemplo.
Assim, o material pode ser reutilizado nos chamados agregados, como tijolos e blocos. A principal desvantagem ambiental desse processo é que ele requer um grande uso de água.
- REAPROVEITAMENTO DE GESSO
O gesso é um material que também pode ser reciclado, sendo reintegrado como matéria-prima na cadeia produtiva de outros materiais, como o cimento, por exemplo.
Não sendo possível enviar para a reciclagem, o descarte deve ser feito em aterros licenciados. O gesso é um material inflamável e tóxico que pode contaminar lençóis freáticos, por isso, seu acondicionamento e destino merecem atenção especial.
- EFLUENTE DOS CAMINHÕES BETONEIRAS
A lavagem interna dos caminhões que transportam concreto gera desafios ambientais significativos, uma vez que o líquido resultante desse processo é agressivo e prejudicial à natureza.
Uma solução é o uso de produtos aditivos emulsionantes hidrofóbicos, que contribuem para a não contaminação do solo e da água, além de oferecer benefícios econômicos. O uso desses produtos requer conhecimento técnico, o que necessita uma capacitação para colocar a solução em prática.
- MADEIRA E PODA DE ÁRVORES
Existem diversas formas de reaproveitar a madeira. Uma delas é a geração de Biomassa, uma energia renovável, com custo baixo e que evita derrubadas de florestas. Porém, os equipamentos necessários para viabilizar essa solução tem custo alto, além de liberar CO2 na atmosfera.
Também é possível doar ou vender a madeira para a comunidade local, para negócios que necessitem alimentar caldeiras, produzir artesanato e demarcar terras, desde que essa destinação esteja de acordo com as legislações locais.
Os resíduos perigosos mais comuns em canteiros de obras são: óleo lubrificante usado, embalagens contaminadas com solventes, óleos ou tintas, filtros de óleo e EPIs usados.
A principal solução para esses resíduos é a Logística Reversa. A lei determina que fabricantes e importadores assumam a responsabilidade pelo retorno e reciclagem dos produtos pós consumo, portanto, a solução é buscar os programas de Logística Reversa dos fornecedores. Um desafio nesse processo é a falta de fiscalização e punição para as empresas que não cumprem as exigências legais.
Outra solução ambientalmente aceita pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos para alguns tipos de resíduos perigosos é o coprocessamento, o qual ressignifica o material em forma de energia para a indústria. É preciso verificar caso a caso dependendo do tipo de resíduo.
Apesar de se tratar de uma queima dos materiais, o coprocessamento é uma medida que reaproveita os resíduos perigosos e é uma destinação menos agressiva para o meio ambiente em relação ao envio para aterros sanitários.