Os grandes eventos geram toneladas de resíduos e um impacto socioambiental enorme. Resta aos organizadores garantir que esse impacto será positivo com a gestão de resíduos em eventos.
Foto: Scott Eisen/TAS23
O Brasil tem sido um destino recorrente de diversas turnês de artistas internacionais da cultura pop. Além disso, artistas nacionais também se tornaram fenômenos de popularidade.
Shows que movem multidões, como os da cantora Taylor Swift e do músico Thiaguinho, mas que carregam consigo uma atenção especial para a sustentabilidade. Por movimentarem milhares de pessoas, também geram toneladas de resíduos.
Esse cenário liga um alerta para a gestão de resíduos em grandes eventos, tema que vamos detalhar a seguir.
Um grande evento significa também um grande desafio na gestão de resíduos.
Um dos espetáculos musicais mais populares que tem acontecido no Brasil nos últimos anos, a turnê Tardezinha, do músico Thiaguinho, nos ajuda a entender esse desafio. Um fenômeno de público assim como as atrações internacionais, em 8 edições do show foram coletadas e destinadas corretamente 58,7 toneladas de resíduos, um panorama significativo para entender que esse tipo de evento gera muito lixo.
É nesse contexto que cerca de 375 mil pessoas estarão presentes nos 6 shows da cantora Taylor Swift, realizados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Segundo dados da Trashin, cada pessoa gera em média 1kg de resíduos em um evento. Pessoas com níveis diferentes de preocupação e informação sobre o descarte de resíduos.
Isso torna essencial não apenas uma coleta de lixo, mas também ações educativas sobre as melhores práticas e a relevância do tema. Também necessita uma atenção para a logística e a estratégia de posicionamento de lixeiras, para facilitar o descarte em um ambiente tão cheio.
Além disso, exige o treinamento dos funcionários do evento, para manejo correto dos resíduos. Esse conjunto de ações, da educação à destinação, é o que chamamos de Gestão de Resíduos 360°.
Reconhecendo o desafio de realizar grandes eventos sustentáveis, foi sancionada recentemente a Lei 17.806/2023, que estabelece novas regras para a gestão de resíduos sólidos em eventos no estado de São Paulo, incluindo grandes shows.
Essa legislação não só torna obrigatória a responsabilidade dos organizadores, fornecedores e estabelecimentos na gestão completa da cadeia de resíduos, desde a coleta até a destinação final, mas também tem caráter educacional ao atribuir a obrigatoriedade de informar e orientar os participantes sobre o descarte correto, em conjunto com as estratégias de divulgação do evento.
Além disso, estabelece que o processo deverá ser conduzido preferencialmente por cooperativas de reciclagem, gerando renda extra para suas famílias e garantindo ações sustentáveis em eventos.
O impacto socioambiental gerado pelos grandes eventos é muito significativo, mas depende do tratamento correto dos resíduos para definir se é positivo ou negativo.
A Trashin realiza a gestão de resíduos completa em grandes eventos, e tem o grande diferencial de rastrear 100% do processo. Ou seja, é possível saber exatamente tudo que foi coletado, em quantidade e tipo de material, além da taxa de aproveitamento dos recicláveis e quanta renda isso gerou para as famílias de recicladores.
Graças a esse sistema de rastreabilidade e governança, é possível medir o quão significativo é um evento sustentável. Por exemplo, no South Summit Brazil, evento que teve atuação da Trashin na gestão de resíduos e presença de 22 mil pessoas, foram coletadas 22,8 toneladas de resíduos.
Para garantir essa operação correta, foram treinados 28 funcionários do evento e distribuídas estrategicamente 500 lixeiras pelo local. Isso não preservou apenas o meio ambiente, mas também garantiu renda extra para as cooperativas de reciclagem parceiras da Trashin, que receberam a doação de todos os resíduos recicláveis.
