A evolução da tecnologia mudou a relação das pessoas com os aparelhos eletrônicos. Antes bens duráveis, agora bens de consumo. Isso quer dizer que é mais comum os consumidores trocarem seus eletrônicos por modelos mais atualizados, independente do motivo.
Esse aumento no consumo também gera um crescimento no descarte. Segundo uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), de 2010 a 2019, o descarte incorreto de eletrônicos na América Latina aumentou em 49% em 13 países. A mesma pesquisa revela que apenas 3% do lixo eletrônico da região é descartado de forma correta, enquanto 97% desse descarte não é monitorado.
Com base nesses dados, é possível afirmar que é essencial conhecer as características desses resíduos e saber como tratá-los da forma mais sustentável.
Os perigos do descarte incorreto de eletrônicos
O lixo eletrônico não pode ser descartado nas lixeiras comuns. Esses equipamentos possuem diversos componentes tóxicos que contaminam outros materiais, impedem sua reciclagem e, por consequência, aumentam o volume de resíduos que vão para os aterros sanitários, diminuindo sua vida útil. Além disso, os metais pesados presentes nesses componentes, como o chumbo e o arsênio, são elementos cancerígenos, um perigo significativo para quem interage com os resíduos, como os trabalhadores da reciclagem.
E como devo descartar meus eletrônicos?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos atribui ao fabricante a responsabilidade da destinação correta dos eletrônicos. Por isso, uma forma de descarte é buscar contato com os fabricantes do objeto, que precisam fornecer uma alternativa para essa demanda. Inclusive, a troca de um aparelho antigo por desconto na compra de um novo é uma prática muito comum nessas empresas.