Decomposição do plástico: entenda a importância da reciclagem desse material

Você sabe qual o tempo de decomposição do plástico? Garrafas do material podem demorar mais de 400 anos para se decompor naturalmente. Por isso, pensar em soluções de reaproveitamento é essencial!

decomposição do plástico
decomposição do plástico

Você sabia que ainda não há uma previsão exata para a total decomposição do plástico? A estimativa mais comum aponta que o material pode se decompor entre 400 e 500 anos, entretanto, com um período muito longo de degradação do objeto, é difícil traçar um estudo mais preciso dessa data. 

Com isso, a solução mais sustentável para o plástico pós consumo está na reciclagem. Contudo, para que isso ocorra, é necessário que seja feito o descarte correto e, ainda, uma estratégia de gestão de resíduos bem traçada, garantindo que o material reciclável seja reciclado de fato. 

Por que o plástico demora tanto para se decompor?

Para entender melhor o tempo de decomposição do material, primeiro é interessante saber um pouco mais sobre sua história. Desse modo, a principio, é importante salientar que antes mesmo de ser inventado, ele já existia na natureza. 

A palavra plástico deriva do grego plastikos, flexível, e define qualquer material capaz de ser modelado com calor ou pressão para criar outros objetos. Nesse sentido, resinas de certas árvores conhecidas desde a antiguidade são consideradas plásticos naturais, bem como o marfim, moldado desde o século XVII. 

O plástico, no formato mais parecido com o que conhecemos hoje, teve a contribuição de vários pesquisadores, mas apareceu pela primeira vez em 1907, quando o químico belga, naturalizado americano, Leo Baekeland, criou o primeiro plástico totalmente sintético e comercialmente viável, o Bakelite.  

Prestou atenção no ano? Com o primeiro plástico sintético, feito à base de petróleo, carvão e gás natural em 1907, levando em consideração o tempo de decomposição natural do material, sem uma solução sustentável, ainda veríamos o primeiro plástico, criado a mais de 100 anos, no meio ambiente

Essa alta durabilidade e dificuldade de decomposição ocorre devido ao processo de polimerização, que consiste em juntar, a partir de diversas reações químicas, várias moléculas menores em uma grande. 

Dessa forma, a mesma composição química usada para criar o material flexível e durável é a que torna o plástico tão difícil de se decompor. 

Além disso, por ser um composto relativamente novo e sintético, há quem diga que a natureza ainda não se adaptou a sua decomposição. Ou seja, bactérias e fungos não tiveram tempo de desenvolver enzimas para degradar a substância.

Tipos de plásticos e seus tempos de decomposição

Claro que esse tempo de decomposição não serve para definir o plástico no geral. Ainda assim, podemos afirmar isso levando em consideração que atualmente existem diferentes tipos do material, que, embora possuam uma base semelhante, contam com composições distintas. 

Por conta disso, no Brasil, de acordo com padrões internacionais, a norma técnica do plástico (NBR 13.230:2008) classifica o material em sete categorias diferentes. São elas:

  • Polietileno tereftalato (PET): usado comumente para o envase de refrigerantes;
  • Polietileno de alta densidade (PEAD): geralmente utilizado pelas fabricantes de engradados de bebidas, baldes, tambores, autopeças e demais produtos;
  • Cloreto de polivinila (PVC): mais utilizado em tubos, conexões e garrafas de água mineral e detergentes líquidos;
  • Polipropileno (PP): usado normalmente para embalar massas, biscoitos, potes de margarina e manteiga, utilidades domésticas e embalagens de salgadinhos;
  • Poliestireno (PS): utilizado pelas fabricantes de eletrodomésticos e copos descartáveis;
  • Outros.

A partir desses 7 tipos do material, conseguimos dar origem a outros diversos objetos de composição plástica, que possuem um tempo de decomposição diverso, como: 

  • Saco plástico: 20 anos;
  • Copo de isopor: 50 anos;
  • Canudo: 200 anos;
  • Garrafa plástica: 450 anos;
  • Fralda descartável: 450 anos;
  • Linha de pescar: 600 anos.

Assim, chega a ser assustador pensar em objetos como esses, que são produzidos em larga escala, esperando todo esse tempo para decomposição, causando a poluição do solo, água, ar e trazendo diversos malefícios para o meio ambiente, não é mesmo? E isso não ocorre só com o plástico, mas com diversos materiais, como veremos a seguir. 

Tempo de decomposição de materiais diversos

Além do plástico, diversos outros materiais contribuem para a poluição global através do descarte incorreto e a falta de iniciativas sustentáveis como a gestão de resíduos sólidos e a logística reversa

Dessa forma, para tornar essa problemática ainda mais visual, trouxemos alguns números que mostram materiais muito presentes no nosso cotidiano e seu tempo de decomposição natural no meio ambiente: 

Materiais Tempo de decomposição
Papel De 3 a 6 meses
Tecido De 6 meses a 1 ano
Filtro de cigarro Mais de 5 anos
Madeira pintada Mais de 13 anos
Náilon Mais de 20 anos
Metal Mais de 100 anos
Alumínio Mais de 200 anos
Plástico Mais de 400 anos
Vidro Mais de 1000 anos
Borracha Tempo indeterminado


É com esses números que começamos a entender um pouco mais a
importância da reciclagem de diversos materiais, possibilitando que eles sejam reutilizados pós consumo, não poluindo o meio ambiente e nem utilizando matéria prima virgem. 

Então, qual as soluções de reciclagem existentes hoje para reaproveitar os materiais feitos de plástico? 

Soluções de reciclagem para o plástico

Atualmente existem diversas formas de reciclagem dos diferentes tipos de plástico que são produzidos. Por isso, trouxemos alguns dos exemplos mais comuns de reaproveitamento desse material no pós consumo.

Esse processo começa com a moagem e lavagem das embalagens. A partir daí os polímeros são novamente transformados em grânulos, os chamados grãos ou pellets, que servirão como matéria-prima para indústrias de peças automotivas, peças de utilitários domésticos, brinquedos, mobiliário urbano, fio para vestuário (poliéster), etc.

Vale lembrar que há também alguns tipos de plásticos que ainda não possuem soluções escaláveis de reciclagem, ou seja, contam com uma ação de reaproveitamento mas que não é viável em larga escala até o momento. 

É o caso do isopor, por exemplo, que atualmente, por conta dos tipos de reciclagem utilizados hoje no Brasil, ainda é pouquíssimo aproveitado em seu pós consumo.

Decomposição do plástico e Trashin, como executar soluções?

Com diversas opções de reciclagem para o material, permitir que o plástico se decomponha de forma natural, sem a chance de ser reaproveitado, se tornou insustentável. É por isso que ações como as feitas pela Trashin são cada vez mais necessárias no meio empresarial, garantindo que todo plástico descartado corretamente seja reciclado. 

Mas como fazemos isso? Através de estratégias de gestão de resíduos e logística reversa pensadas especificamente para cada empresa, garantindo que todo resíduo percorra o caminho ideal para seu destino final.

Para isso, contamos com cooperativas de reciclagem parceiras em mais de 11 estados do Brasil. Dessa forma, é possível planejar todo caminho dos produtos pós consumo, gerando um impacto socioambiental positivo, evitando a poluição do solo, água e ar, mas também, provendo renda para os cooperados parceiros. 

Entretanto, isso tudo depende do descarte correto de todos os resíduos, garantindo que a decomposição do plástico não seja mais uma realidade e que esse material possua uma reutilização.

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